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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dolci Berry - A frutinha que deixa até limão doce:)


Olá Pessoal, 


Hoje compareci depois de muuuito tempo sem dar o ar da graça :) ao "Fuqua friday" - tipo um happy hour que rola toda sexta aqui em DUKE. Tudo ok, comidinhas especiais "supostamente" afrodisíacas (desde quando macaroni&cheese e polenta são afrodisíacos?me fala?) mas enfim...foi um jantar inspirado no Valentine's day que está chegando. 

Então, peguei meu vinho e fui induzida a experimentar uma fruta que deixa até limão doce. Ok, lá fui eu para essa experiência. "Simples assim: coloque a berry na boca e chupe seu caldo por aproximadamente 1 minuto. Depois disso cuspa o caroço e chupe um limão para ver o que acontece". Resultado: o limão ficou totalmente doce...só faltou a vodka na minha boca para virar uma caipiroska bem docinha hehe. 

Bom, depois disso meu paladar ficou "loucamente" doce para tudo!E o efeito perdurou por +- 1 hora. Meu vinho ficou intragável de tão doce, a quiche completamente doce, a alface adocicada, os legumes, tudo! Agora pensando do lado "nutricionístico da coisa"rsrs isso é sensacional!!Imagine uma pessoa que não tolera legumes e verduras, ingere essa fruta antes e simplesmente tudo se torna melhor. Praticamente você chupa um limão achando que está comento um cheesecake de limão!

A tal da frutinha aqui, se chama "dolci berry" - essa aí da foto - me passaram a  informação que  seria originária do Brasil (impossível eu nunca ter ouvido falar né?!) e claro que depois perguntei ao "Dr. Google" e ela é na verdade originária da África. 

Como não sei nada sobre o assunto, segue uma matéria bem interessante...

Fruta milagrosa

A fruta milagrosa é formalmente conhecida como Synsepalum dulcificum. É um frutinho vermelho nativo do oeste da África. A fruta foi descrita pela primeira vez em 1725, quando o explorador francês Chevalier des Marchais observou que os moradores das aldeias no oeste africano consumiam o fruto antes da refeição de vinho de palma azedo [fonte: Slater]. Foi levada para os Estados Unidos na década de 60 por um botânico do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Em 1968, cientistas isolaram a proteína ativa responsável pelo sabor adocicado dos alimentos. Por conta de sua forma milagrosa de torná-los tão saborosos, a proteína foi batizada de miraculina. Quando a fruta milagrosa é consumida, a miraculina entra em contato com os botões gustativos da língua. Uma pessoa possui receptores nos botões gustativos que identificam os sabores doce, azedo, amargo e salgado. Normalmente, se você chupar um limão, seus receptores do azedo começam a trabalhar (você pode obter mais informações sobre o que acontece em Como funciona o paladar), entretanto, sob a influência da miraculina, os receptores do doce começam e enviar um sinal e suprimem os sabores azedos. A miraculina reprograma os receptores do doce para identificar temporariamente os ácidos como açúcares.
O fruto em si não tem um sabor tão agradável - ele foi comparado a uma amora menos saborosa [fonte: Farrell e Bracken (em inglês)]. Parte do fruto é uma semente amarga, mas a pequena polpa tem uma potência enorme. Para ter total efeito, a polpa precisa ficar na boca por um minuto e se espalhar por toda a língua.
Então, por aproximadamente uma hora, a miraculina faz os alimentos azedos parecerem doces. As comidas doces terão praticamente o mesmo gosto, às vezes, mais doces, e outros sabores não serão afetados. Como a miraculina é uma proteína, o calor destrói seu efeito, por isso, o fruto não pode ser cozido, da mesma forma que o sabor dos alimentos quentes não muda. Finalmente, a saliva elimina a miraculina, e a língua volta ao normal.
Será que sua língua está acostumada com a idéia de um adoçante natural e sem açúcar? Leia a próxima página para conhecer as aplicações que essa proteína milagrosa pode ter e por que talvez você nunca tenha ouvido falar dela.

Usos da miraculina

Pense nas pessoas que adorariam comer doces sem os efeitos calóricos. Como elimina a necessidade de açúcar, a miraculina pode ter aplicações poderosas para diabéticos e pessoas que querem emagrecer, mas não conseguem seguir uma dieta insípida. Além disso, os produtores da fruta milagrosa relatam que muitos pacientes com câncer a procuram - alguns acham que ela elimina o gosto de metal que, às vezes, fica na boca como um efeito colateral da quimioterapia (em inglês) [fonte: Slater (em inglês)]. O exército norte-americano pesquisou o fruto, talvez acreditando que a miraculina pudesse fazer com que os alimentos mais intragáveis pudessem ser consumidos [fonte: Cannon (em inglês)].
Se está de dieta, não fique triste. Você pode esbanjar com a miraculina.
Um país que utiliza a fruta milagrosa para apelar aos contadores de calorias é o Japão. O Miracle Fruits Cafe, em Tóquio, oferece sobremesas com menos de 100 calorias. Todas elas são suaves e amargas, mas depois que se consome a fruta milagrosa, elas ficam tão fantásticas quanto bolos e sorvetes [fonte: McCurry (em inglês)].
Uma refeição no Miracle Fruits Cafe é cara porque a frutinha pode estragar com muita facilidade. Entretanto, um importador de comida japonesa conseguiu congelar os frutos a vácuo. Outro avanço importante pode ter ocorrido em 2006, quando pesquisadores japoneses anunciaram que tinham projetado geneticamente a alface para produzir miraculina [fonte: Rowe (em inglês)]. Antes dessa façanha, os cientistas foram incapazes de produzir miraculina em bactérias, em levedura ou em outras plantas. Se a miraculina pudesse ser produzida em mais formas do que apenas nas frutas milagrosas, talvez seu uso fosse mais comum.
Entretanto, um lugar onde a miraculina provavelmente não será usada com freqüência é os Estados Unidos. Podia ter sido uma oportunidade: na década de 70, os empresários Robert Harvey e Don Emery criaram a empresa Miralin com o objetivo de usar a miraculina na fabricação de produtos para diabéticos. Eles tentaram com comprimidos, chicletes e canudinhos aromatizados [fonte: Slater (em inglês)]. De acordo com Harvey, seu contato com o FDA (Food and Drug Administration - Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos) os levou a acreditar que a agência classificaria o fruto como "reconhecido como seguro" [fonte: Fowler (em inglês)].
Apesar do sucesso da empresa com a miraculina, os patrocinadores da Miralin queriam que Harvey e Emery olhassem além do mercado para diabéticos. Em 1974, a Miralin desenvolveu picolés da fruta milagrosa. As crianças de Boston tinham a opção de escolher entre a versão açucarada e a versão com miraculina, e esta sempre era a preferida [fonte: Slater (em inglês)].
Depois do teste com o picolé, Harvey percebeu que estava sendo seguido. Disse que um carro estava andando lentamente próximo aos escritórios da Miralin, reduzindo a velocidade para tirar fotos, e que uma noite foi seguido no caminho para casa [fonte: Fowler (em inglês)]. De acordo com Harvey, ainda naquele ano, os escritórios da Miralin foram roubados e arquivos com informações para o FDA, espalhados. Na noite anterior ao início do lançamento de um grande produto, o FDA enviou uma carta informando que o fruto deveria ser classificado como aditivo alimentar. O novo status do fruto iria exigir anos de teste que a Miralin não podia arcar, então a empresa acabou falindo.
Harvey e Emery não conseguiram entender por que o FDA mudou de idéia. Emery acha que a agência sofreu pressão do mercado concorrente [fonte:Fowler (em inglês)]. A Sugar Association (Sindicato da Indústria do Açúcar) negou qualquer envolvimento e o Calorie Control Council (Conselho de Controle de Calorias), uma associação de fabricantes de adoçantes artificiais, não se pronunciou a respeito [fonte: Fowler (em inglês)].

A decisão do FDA significa que a fruta milagrosa pode ser cultivada legalmente, mas não pode ser utilizada nos alimentos.

É isso 
Bjos Minutry